segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Palavra do dia: Demais

Advérbio de intensidade? Não sei, mas, significa muito, muito. Mais que muito. Que é como estou hoje. É "viel zu viel". Muito demais. É muita coisa diferente ao mesmo tempo.

Hoje eu fui ao Goethe pra fazer o teste de nivelamento, pegar informações, yadda yadda yadda. Só que hoje estava garoando. Cheguei razoavelmente úmida, lá, às 08:10, saí 10:20, cheia de papeis e me achando THE VERAS menos burra em alemão, tipo: consigo me virar, vou parar de falar inglês.

Saindo de lá, fui, obviamente, perambular. Afinal, meu objetivo do dia era: ficar ocupada o dia inteiro para conseguir dormir antes da 00h local e, assim, tentar me ajustar ao fuso horário. A ideia era: dar uma voltinha por perto do Goethe, até umas 11h, catar um lugar pra almoçar, voltar pro alojamento, largar minhas coisas (afinal, andar com o note na mochila, na garoa, não me parece ideia das mais geniais), e voltar a perambular. Minha aventura começou pela livraria ao lado do Goethe. E Não nos deixe cair em tentação. Os livros infantis são lindos e baratos. Tentarei não comprar livros. Excetuando-se Sandman ;x

Enfim, chegando ao fim da rua do Goethe, como vocês podem ver abaixo, não resisti. Continuei andando.




OK, atravessei, fotografei o rio.. Acho que vou volt... NAAAÃO, O QUE VEJO? Uma torre de Igreja XD Há! Gehts! Não resisti, né, gente, tive que ir andando até achar a bodega da Igreja. Tô começando a ficar frustrada. Tudo quanto é Igreja e Museu fechado... Affe... Total mega fuó (w) brochante. Mas, tudo bem, um dia, antes de fevereiro, eles reabrirão ;D



Linda, né? Pena que tá cheio de "tapume" e obras e acessos complicados.

De lá, na garoa, com notebook, me molhando, pensei, vou voltar.. Mas por outra rua XD É claaaro que isso não deu certo! Passei por uma cinema, que eu ainda não tinha visto, e os filmes de lá são mais pra alternativos E na língua pátria. Ah, pois é. Os filmes aqui são dublados em alemão. MARA! auahauhaa

Depois de ficar feito idiota olhando todos os cartazes, que deviam ser uns 20, todos os horários, fui em frente, e vi que a rua em que eu estava era a mesma que eu tinha passeado ontem. Uh lá lá, me senti em casa. Então, fui andando, andando... Até que... Meus olhos se deparam com ela. A Feira de Natal de Freibur.



Não, vocês não imaginam a minha emoção. Eu não sabia se tirava foto, se me jogava pra ver as barracas, se sentia os cheiros, se babava, se corria. Eu me senti em um dos livros que eu gosto, nos mundos paralelos das feiras de estilo medieval. Me senti uma criança. Me senti em casa.

Gente, não tem como explicar com palavras. Eu pretendo voltar lá todos os dias até o Natal, então, vou pedir permissão pra tirar fotos. Certamente, as coisas mais lindas que já na vida, foram vistas hoje, não só por isso. Gente, não é exagero. Quem gosta de Natal, do sentimento, da festa, da decoração, certamente me entende. Os enfeites são a coisa mais linda. O cheiro das comidas é delicioso. Da bebida, também. Estava eu embasbacada, resolvi continuar andando e voltar depois. No meio do caminho... Outra torre de Igreja.



Não tenho a menor sombra de dúvida que isso foi a coisa mais linda que eu já vi na vida. E, sim, ela estava aberta ao público. Tem certas coisas que nenhuma foto vai poder passar. Você tem que ver. Eu fiquei o tempo todo boquiaberta, pateticamente patética. Fotografando os vitrais, me sentindo de volta às aulas de História da Arte, com aquele teto muito alto e lindo e breathtaking. OK, ninguém precisa saber que:

1- a missa começou e a palhaçona nem se tocou antes e acabou tendo que sentar pra ouvir a freira falando alemão. Educadamente, levantei uns 5 minutos depois - nos quais eu fiquei olhando, ainda boquiaberta, pro teto, pros vitrais e pra tudo ao meu redor;

2- alguns locais eram vetados a turistas, sendo permitidos apenas à fiéis, e eu JURO que não vi a placa quando entrei e fotografei tudo tranquilona, durante uns dois minutos. Ok, não tinha ninguém, mas, enfim, a parada é que quando voltei, por algum milagre tinha uma placa em inglês, francês e alemão, sendo que todas as outras eram apenas em alemão. hehehe, FM da Estrela aluna da Jesus;

3- eu vou pro Inferno porque quase dei em cima do padre. Ah, gente, ele era taaaão bonitinho com aquela cara de bobo nerd inocente. Ele era loiro, claro, não dava pra ser perfeito, mas, enfim. E ainda ficou olhando pra minha cara, provavelmente advinhando meus pensamentos devassos e pensando "HEREGE, HEREGE!", enquanto eu deixava a Igreja no meio da missa. E admito, e sei que, por isso, vou pro Inferno por duas eternidades: quase que pedi a benção pra ele. Pra ver se ele largava a batina, ou pelo menos se descobria um alemão meio gay naquele corpinho.

Saindo, fotografei tudo o que não pude fotografar lá dentro. Daí, ha! Beth super çagaix percebeu que podia subir na torre da Igreja XD Lá fui eu... Dels, /morri comofas/ Então. Depois de subir metade daquela droga, claustrofobicamente [tudo feito de pedra, fechado, praticamente sem ventilação, numa escada caracol construída em 1000 e poucos - pra quem não sabe, eu tenho PAVOR de DESCER escada caracol], vejo que aquilo não dá em lugar nennhum, porque está em obras. Mereço. Desço. Desço quase morrendo de medo de rolar escada abaixo, mão suando, perna tremendo. Óbvio que eu não dei o braço a torcer e fui comer. Wanderlust não deixa.



Depois da descida MARA dali de cima, fui olhar a floresta, porque ela tava muito convidativa. Como vocês devem ter percebido, eu já havia mandado a garoa à 8C às favas. Mesmo ele tendo virado uma chuvinha fina. O problema é que eu tava razoavelmente longe de casa, com as pernas e mãos tremendo e dor no estômago. Também conhecido como fome.

Aquele cheirinho divino de comida típica me veio à memória e corri pra Weinachtsmarkt. Comi Flammenkuchen, que é tipo uma pizza e Glühwein, que é tipo um quentão. Gostosos, e tal. Pretendo almoçar lá todos os dias até o Natal, pra conhecer as comidas típicas. Não parecem ruins. São cheirosas, ao menos. Hahaha

GAP: Aliás, ontem fui no tal do Brasil Cocktails. E comi um talharim com frango e... abobrinha, acho Oo Nunca pensei que comeria isso, mas, tava gostoso pra caraca.

Comida e feliz, fui em direção ao cinema. 2012. Gente, 2012 dublado em alemão é duplamente apocalyptico. Óbvio que eu entendi uns 1,5% das falas do filme, mas, o que importa é que eu resisti bravamente e gostei dele! hahaha

E é isso. Fiz

domingo, 29 de novembro de 2009

Palavra do dia: Sonntag

Sonntag, em alemão, domingo. Dia de folga da maioria das pessoas, no mundo todo.



Hoje eu acordei às 14h. Queria achar o Goethe Institut(onde terei aulas) e um lugar pra almoçar. Bem, comi uma banana e uma madelaine (que é tipo um bolinho) e saí a bater pernas por aí (claro, depois de olhar o mapa que o Goethe me deu E o Google Maps).

Tipo, dei uma leve rodada a mais, mas, logo achei o lugar que eu precisava ir. Genteeem, muito perto. Agora tô super riléx e confiante pra ir lá amanhã. E aqui é tudo muito prático e perto e pro - environment. Claro, pra mim, que cheguei há dois dias e já estou me achando A Freiburger. Mas, gente, tudo de bom ter uma cidade voltada pros pedestres e pras bikes. Um dia nosso país chega lá. Ich hoffe. Vai dizer, todo mundo merece uma ponte, ou whatever seja isso, pra pedestre e ciclista, como essa



Hoje eu descobri muitas coisas legais. Afinal, além de achar o Goethe e comida, eu queria conhecer melhor a cidade, depois do meu chá de quarto, ontem.

Ah, pois é. Ontem, depois de chegar da Vero cheia dos soninhos, dormir, ficar na net, ir ao mercado, dormir mais, ir no mercado de novo, comer, ficar mais na net, saquinho de filó, resolvi dar uma volta. O problema é: resolvi isso às duas da manhã. Isso porque eu tinha desistido de ir à festa do CS que teve na casa do Leron, justamente porque eu não queria voltar tarde pra casa. Não, não é porque esta é uma cidade violenta. É só porque meu alemão é tosco, e, às duas da manhã não tem NINGUÉM na rua pra eu pedir informações, caso eu me perca no trajeto do Google Maps. E é um breu que, bem, me assusta.

Voltando à parte legal...

Depois de ver comofas/ pra chegar ao Goethe, vejo que a enorme construção que tem em frente à estação de trem que cheguei é a Konzerthaus Freiburg, onde vai ter o musical do Peter Pan que, obefeol, eu quero ir *.* Caminhando mais um pouco, acho um cinema, teatros e a Universidade que o David tinha me mostrado na sexta. Gente, muito legal. Achei vários programas culturais baixa - renda perto de casa (dá uns 20 minutos a pé, se tanto)! Existe coisa melhor? Tinha bastante gente na rua, hoje, o que foi muito legal, me senti menos em uma cidade fantasma.. Tinha gente na Universidade, aliás. Pelo que entendi, eles estão lutando por uma universidade aberta aos fins de semana, como espaço de convivência social. Acho que posso me interar melhor nisso durante a semana.


[GAP: Agora, sim, tá uma Babel aqui. Tem uma italiana do meu lado, tão bonitinha, ela falando *.* Um brasileiro falando aaalto bagarai, reclamando de TUDO, que eu estou prestes a matar, porque ele já deve ter uns 30 anos, e, aparentemente é custeado pelo CAPES / DAAD, e, sério, ele não pára de reclamar. E uns japoneses praticamente fazendo festa. Fora os outros que não consigo escutar. Acho isso muito legal ^^ Tirando nosso compatriota]

Falando em Universidade, estou postanto as fotos da Biblioteca Universitária no orkut. Gente, se com uma biblioteca daquelas eles reclamam, nós, estudantes brasileiros, deveríamos fazer o barraco dos barracos. Aliás, se a gente já acha a FAED linda, deeêm uma sacada na Faculdade de Psicologia e Filosofia, lá no orkut, porque não consigo colocar a foto aqui. u.u

Andei, andei, andeeeeei, até encontrar nada! Encontrei lugar nenhum pra eu comer! Caraaacaaaa, maluco, aqui só tem kepab e pizza! Comida oriental all around! Turca, indiana, chinesa, vietnamita! Então, tipo, eu poderia almoçar McDonalds, Burger King, kepab (ou muito me engano, ou kepab é aquela carne nojenta que a gente vê pra vender na 25 de março nas casas dos primos. Se não, tem isso pra vender em tudo quanto é esquina, também u.u), pizza. E, bem, nenhuma das opções me pareceu agradável. Voltei, então aqui pras minhas bandas, pra ver se tinha um restaurantezinho maneiro e baixa-renda. Tem um tal de Brasil cocktails a dois quarteirões daqui que tem carne e macarrão, mas, só a partir das 18h. E ainda eram 17h. Affe. Voltei eu pra casa sem comer nada.

Ah, pois é. Até agora, só achei no mercado: toneladas de macarrões e salsichas dos mais diferentes tipos. Pizza, peixe, frango e carne, tudo congelado. Tipo, ew =P. Então, tou comendo basicamente salada, que comprei um pacote gigante, por um euro XD, e peito de peru. E mozzarella, banha, pra eu n desmaiar nas minhas andanças por aí. Às 22h vou voltar no restaurante / café brasileiro pra ver qual é. Amanhã conto o resultado pra vocês.

Tô achando a cidade linda e, diferindo do compatriota ali atrás que, além de tudo, tem dificuldade em falar alemão, apesar de estar aqui há mais tempo que eu e já estar tendo aulas. Sério, tô muito na pilha de ir lá e xingar ele XD

Tô feliz pra caramba, apesar de um pouco perdida, ainda.

Tô ansiosa super, porque as aulas começam na terça. Amanhã é só uma prova de nivelamento e outras coisas... Ansiosa pra conhecer os colegas e ver se tem alguém que se empolgue pra dar voltas pela cidade e pela Europa. Senão, terei que me meter só com o pessoal do CS, mesmo. Que já são muito legais ;D

Tô ansiosa 2, pela chegada do Inverno. A Vero disse que quase não neva aqui, apenas na Floresta Negra. Mas que faz frio. E aqui tá tão frio quanto o Inverno de Floripa. Com vento e tudo ;)

E o blog tá sendo chatinho e não me deixando colocar mais fotos.

sábado, 28 de novembro de 2009

Palavra do dia: Babel

"Devia ser proibido debochar de quem se aventura em língua estrangeira" [Chico Buarque, Budapeste]

Babel, segundo a Bíblia, é a cidade onde foi erguida uma torre muita alta, através da qual os homens queriam alcançar o céu. Como castigo, Deus separou os homens em diferentes povos, fez com que falassem várias línguas diferentes e não mais se entendessem, e os disperçou sobre a Terra.

E essa é a palavra do dia porque, bem, é fantástica a quantidades de línguas e dialetos que temos no mundo, não acham? E eu estou na Alemanha, falando inglês praticamente o tempo todo - até agora. E sou brasileira. Informação, informação.



Bem, é nessa rua que estou ficando. Stühlingerstrasse ;D Mas, comecemos do começo, que o povo por mim anseia.

1- "Nach Freiburg, bitte!"
Chegando ao aeroporto de Frankfurt, passei tranquilamente pela Polícia Federal deles, peguei minhas gigantescas malas, e lá fui eu, bela e faceira, me achando A germano - hablante. Pois é. E achar a bodega dos trens de longa distância? Já tava altamente tensa, já tinha ido pra lá e pra cá, quando, depois de pedir várias informações várias vezes, achei o bendito do lugar. Beleza. Cadê que o tio que vendia passagens falava inglês? HAHA! Pois é, rezei pra ter feito tudo certo até aquele momento e fui procurar o lugar de embarque. Aí, sim, o terror começou.

2- Deutschebahn
Depois de carregar 40kg de mala + mochila + bolsa pra dentro do trem. WTH do I put them? É, não tinha lugar praquelas monstruosidades no vagão e eu quase amarrotei vários pés indianos e alemães. Mas, apesar de todos me olharem com aquela cara de: "Was ist denn los? Oo", foram muito fofos me ajudando ao dar sugestões de onde pôr as malas. Alles gut.

3- Maimhof
Então, né... Tive que trocar de trem. Geeenteeem, morri de medo. Eu tinha 12 minutos pra trocar de trem e, se pontualidade britânica existe, certamente, a germânica também... Se eu perdesse a estação, ia parar em Munique, se eu errasse o trem, sabe-se lá Deus onde eu ia parar Oo Peguei o trem certo, carreguei malas, suei e, finalmente, dentro do trem... TCHAM TCHAAAM! No sits! É, pois é, é interessante que se reserve o acento...

4- Turista fora do Brasil
Gente, juro que se eu ver alguém reclamando do atendimento ao turista no Brasil, eu MATO! Nosso país, em desenvolvimento, blá blá blá, TODO MUNDO QUE TRABALHA COM TURISMO FALA INGLÊS. Aqui não é bem assim. E, dessa forma, eu, exausta, cheia das malas e morrendo de medo de me perder, não reservei um acento e fui em pé metade do caminho. Ir em pé não é problema. O problema é ficar cheia das malas no meio da passagem e ser olhada tortamente por várias pessoas. Mas, enfim, agora stounlingrada, manos e reservarei um lugar pra minha bunda se acomodar em outras viagens ;D

5- Bitte, wo kann ich eine Taxi zu finden?
Fiiinalmente em Freiburg, dei uma LEVE, básica, sutil e quase imperceptível relaxada, ao chegar à estação que, segundo a Ina, era perto do Goethe Institut, mas, que eu deveria pegar um táxi para ir até lá, porque eu poderia me perder. OK, mas, onde acho um táxi? Sair da estação foi outro parto porque, com malas, eu não podia pegar escadas. Achei um elevador. Hum, muito bom. E agora, pra que lado? Já está escuro, são 17h, e você está completamente perdida e sozinha. Vamos em frente, Elizabeth! E lá fui eu com minhas malas, pra direita, porque, bem, tinha um hotel praquele lado e, onde tem hotel, tem gente que fala inglês e, claro, táxi!

6- Goethe Institut
Chegando no hotel, a recepcionista falou que poderia chamar um táxi pra mim, super fofa, mas, quando eu falei que queria ir ao Goethe, ela falou que eu devia ir a pé, porque era bem perto. Eu tava com meus braços quase caindo, já, a essa altura do campeonato. Mas, OK, bravamente, lá fui eu. O Goethe era, literalmente, quase ao lado do hotel. E era LINDO. E já estava fechado =D

7- Bisonha XD
Pois é, vossa sábia amiga esqueceu de anotar o endereço do alojamento e o código. Afinal, achei que eu conseguiria acessar meu email em algum aeroporto ou estação de trem. Masss, nem Frankfurt nem Guarulhos nem nada. Felizmente ainda havia uma mulher na secretaria, e ela foi muito legal, me deu um mapinha e meu código. O alojamento não parecia ser muito longe, mas, como eu já disse... Escuro, braços doendo mais do que se eu tivesse malhado o dia todo... Fui pegar um táxi, como Inaiara Wilke me havia recomendado ;D

8- ACHMED, THE IRANIAN TAXIST!
Voltei pra frente do hotel, falei com um taxista que me passou pra outro. Falava alemão bem e o inglês... Dava de entender. Naquela básica conversa de taxista, ele me perguntou meu nome, falou que era iraniano e se chamava... ACHMED! OMG, OMG, OMG, OMG, alguém faz a MENOR ideia do quanto eu tive que me segurar pra não rir? Não, certeza que NINGUÉM sabe! Até aí, beleza. Depois do meu hercúleo trabalho pra não rir, ele me passa o cartão dele. Internet & Disco taxi. Eu perguntei porque. Então, ele me aponta o notebook no painel, que, até aquela hora, eu achei que era pra ele consultar coisas. Até aí, tudo bem. Até que eu tive a brilhante ideia de perguntar: "Mas e a discoteca?". Gente... Ele ligou o som e... Se liguem, cereja do bolo: UM MINI GLOBO DE LUZ NO TETO DO CARRO. KKKKK, ok, não consegui mais segurar! Ri DEMAIS, ele falou que era o primeiro e único disco táxi de Freiburg! Bem, ele foi bem legal comigo, me mostrou o mercadinho do início da rua, falou que gostou de ter me conhecido, me deu um abraço, e, finalmente, casa!

9- Gästhaus
Depois de pedir ajuda pra uns suecos, trocar ideias com eles, fui ver qual era a do meu ap. C 218 E essa é a vista do meu quartinho. Agradável, isnt it? ^^ Mas, eu precisava comer.

10- Leite sem lactose
É incrível como tarefas simples conseguem virar tormentas, quando não se conhece direito uma língua. Comprei leite sem lactose e água mineral com gás. Tudo bem. Hoje já fui ao mercado duas vezes, pra comprar algo pra fazer. Acabei comendo só salada. Quem lê até pensa que tô virando uma mocinha saudável. Mas, é só porque não faço IDEIA do que cozinhar. E pra contrabalançar a sutil barra de chocolate que comprei hoje, também. Aliás, se, um dia, no Brasil, o chocolate for tão barato quanto é aqui, vou explodir.

GAP: O chocolate ser caro no Brasil é uma verdadeira afronta. Afinal, cacau vem daí, até onde eu sei.

Mas, tudo bem. Pãozinho, leite sem lactose, banana, banho, falar com os miguxos e capotar. Eu estava imprestável.

11- Google maps
Só acordei no dia seguinte, às 15h, quase morrendo, porque tinha que descobrir onde ia ser o Thanks giving (Ação de Graças) do pessoal do CS (www.couchsurfing.org). E também porque eu tinha que comprar um adaptador pra carregar a bateria do pc. OK, OK, tarefas concluídas (THANK GOD FOR GOOGLE MAPS! AMEN!), lá fui eu m'arrumar pra achar a tal da Habsburgerstrasse. A pé, claro! Porque é mais fácil eu me perder de bonde do que a pé, com os nomes das ruas na mão. Como era a apenas 30 minutos de onde eu estou, fui, felizona. Cheguei lá uma meia hora antes. Muito bom. Não achei o tal do número 59. Muito ruim. Mas, uns 20 minutos depois, achei o David, que era uma das pessoas que estariam lá nessa rua, também. E perdemos a Vero, que era a única que sabia ir pra Bad Krozingen - que é uma cidadezinha próxima, onde seria o encontro. O David ligou pra Vero e, nos achamos! Wee Hee!
Aí estão, meus doutorandos em linguística favoritos =D

12- Couchsurfing
Bem, chegando lá, aí, sim, Babel! Beth brasileira, uma espanhola, um turco, uma nepalense, alemães em peso, franceses, uma coreana do sul (é assim? Oo) e apenas um norte americando pra salvar a tradição do PERU de Ação de Graças. Foi muito legal, apesar de eu e a Choi (South Korea) sermos as únicas que não falavam alemão e, portanto, um empecilho, algumas vezes. Mas, todos muitos amáveis. E eu, pela primeira vez, couchsurfeei. Wee hee 2! A Veronika - aka Vroni, Vero, etc - foi muito amável, e o sofá dela, ótemoan! Googlei mais uma vez e, dessa vez, ele não foi tão legal.

13- Stühlingerstrasse
Vim da casa da Vroni pra cá, também a pé, que ainda me sinto mais segura. Ah, então, eu até que me achei, mas, faltou uma informação básica, do tipo: passe por baixo do viaduto, subterraneamente. Daí, tive que voltar, pedir informações em alemão - gente, os alemães são muito amáveis, é chocante, sério! Pedi informações várias vezes e, o que deveria levar 40 minutos levou uma hora, mas, OK, cheguei bem aqui, tirei várias fotos pelo caminho. Tô feliz, e tal.

14- Corvos
Hoje, no meio do caminho de volta, vi um corvo do tamanho do Costelinha. Não que isso signifique muito, posto que o Costelinha é minúsculo. Mas, agora eu entendo o Edgar Allan Poe. O corvo era enorme e com olhos muitos expressivos e grandes. De fato, uma figura linda e amedrontadora.

E agora... Não sei o que fazer. São quase 21h, e tem uma festa do CS pra ir. É a 30 minutos daqui. Mas, vai acabar tarde, e eu tenho medo de voltar sozinha numa cidade onde eu ainda não conheço ninguém. E, no escuro, isso aqui parece mais ainda com uma cidade fantasma.

Beijos, babes!